domingo, 22 de agosto de 2010

JULHO / AGOSTO 2010: CICLO SATURNO-PLUTÃO


Estamos nos aproximando de mais um momento crítico na história da humanidade, envolvendo as potências mundiais. Como aconteceu no passado, os planetas Saturno e Plutão atingem, novamente, posições que trazem conflitos e transformações radicais na ordem estabelecida. Para entendermos melhor, vamos analisar o que ocorreu na história nos ciclos anteriores de Saturno e Plutão, e conjecturar o que o atual ciclo pode nos trazer em termos de EVENTO significativo, profundo e transformador.

O significado de Saturno e de Plutão

  1. Saturno – forças de restrição, de manutenção da ordem estabelecida, de adoção de medidas restritivas e contenção. Representa aquilo que é predeterminado e com objetivo certo.
  2. Plutão – forças de transformação, destruição e regeneração. Rege a mudança da forma, e também é o planeta que rege o poder (econômico, político, nuclear) 

As fases do ciclo dos dois planetas

Conjunção – quando os dois Planetas estão próximos um do outro (na maioria das vezes no mesmo signo), com separação entre os dois que vai de 0º a 7º
Primeira Quadratura – quando os dois planetas estão aproximadamente a 90º de distância um do outro, considerando-se ainda que pode haver 7º diferença na aproximação ou separação dos planetas (de 83º a 97º, sendo 90º a quadratura exata)
Oposição – os dois planetas estão aproximadamente a 180º de distância um do outro, ou seja, opostos no céu. Vale também o orbe de 7º (173º a 187º)
Segunda Quadratura – a distância entre os planetas é de 270º, quando exata, podendo variar em 7º (263º a 277º)
Quando um planeta está na zona de aproximação de um aspecto, ou seja, dentro dos sete graus, dizemos que ele está aproximativo. Quando o planeta está nos 7º após o aspecto exato, dizemos que ele está separativo. Há astrólogos que dizem ser os aproximativos mais fortes que os separativos, mas não existências evidências suficientemente fortes que atestem isso. IV) Os ciclos de Saturno-Plutão e as transformações históricas
Ciclo Saturno-Plutão de 1914 a 1947

Conjunção (1914): I Guerra Mundial – Saturno e Plutão estavam em aproximação, com apenas 2º de separação em agosto de 1914, quando o planeta Marte, em trânsito pelo signo de Libra, faz quadratura (90º) com os dois. A interferência de Marte também ocorrerá na II Guerra, como veremos adiante. A Primeira Guerra Mundial foi o processo de quebra do que havia sido até então, o arranjo político-militar de forças composto durante o século XIX. Impérios seculares deixaram de existir, como o Império Otomano, abrindo caminho para a retomada da Palestina pelos britânicos (o que forma o embrião do próximo ciclo que se iniciaria em 1947 – Israel). Neste momento sente-se com mais ênfase a força de transformação e morte de Plutão.
Primeira Quadratura (1922): Formação da URSS, após da revolução de 1917 e início das convulsões sociais na Europa, em especial na Alemanha e Itália, abrindo caminho para o surgimento dos movimentos fascistas. A economia do pós-guerra tenta se recuperar, mas há descaminhos que criam as condições para a crise de 1929. Já neste momento, a força de contenção e restrição de Saturno torna-se preponderante. Oposição (1931): Primeiro período da Grande Depressão que se seguiu ao crash da Bolsa de Nova York em 1929. A partir daí a crise aprofunda-se e espalha-se a outros países, trazendo ao poder Mussolini e Hitler, como “salvadores da pátria”.
Segunda Quadratura (1940): Esse aspecto fica exato (0º de separação) pouco depois do início da Segunda Guerra Mundial. Em setembro, Saturno e Plutão estavam separados apenas por 3º (dentro dos 7º de aproximação de Saturno). No mesmo momento em que estoura a guerra, Marte faz oposição a Plutão e quadratura a Saturno, numa configuração conhecida como Cruz-T. Tanto na I Guerra como na II Guerra, Marte, Saturno e Plutão estavam em aspecto um com o outro. Agora sente-se a preponderância da transformação e do poder de Plutão, pois a II Guerra reestruturou a geopolítica do mundo, criando os blocos socialistas e capitalistas, e alçou os EUA como líder Mundial. Ciclo Saturno Plutão de 1947 a 1982.
Conjunção (1947): Este período marca o início da Guerra Fria, e a criação de aparatos de inteligência como a CIA. Um pouco antes, em maio de 1948, quando Marte faz conjunção com Plutão e Saturno, é criado o Estado de Israel e estoura a guerra árabe-israelense. No Brasil, vive-se a República Nova, após a Era Vargas. Este novo ciclo Saturno-Marte que se inicia, além de promover alterações de poder no mundo, derrubando o velho e colocando o novo, desenvolve-se marcado pelos conflitos de Israel com seus países inimigos.
Primeira quadratura (1955-1956): Crise de Suez, quando o presidente egípcio Nasser nacionaliza o canal de Suez, enfrentando França e Grã-Bretanha (a velha ordem). Aqui vemos Saturno (a velha ordem) em conflito com o poder transformador de Plutão. Logo após, em 1956, Israel invade o Egito, tomando para si a península do Sinai. Marte havia acabado de fazer, em junho, uma Cruz-T com Saturno e Plutão. No Brasil, temos a Era JK. Oposição (1965 – 1966): Este período foi marcado pelas tensões raciais nos EUA, a ascensão de Martin Luther King e a intensificação dos movimentos sociais e políticos, como a Nova Esquerda. A escalada para a Guerra do Vietnã torna-se crucial nesse período. Tudo isso abriu caminho para os movimentos estudantis de 1968. Da mesma forma, dentro do ciclo da oposição temos a Guerra dos Seis Dias, em 1967, momento em que Israel se apossa da Cisjordânia e das Colinas do Golã. No Brasil, vivemos a fase inicial da ditadura militar imposta em 1964.
Segunda Quadratura (1973 – 1974): Quando o aspecto estava exato, ocorre a Guerra do Yon Kippur, entre árabes e israelenses, o que leva ao embargo de petróleo, gerando crise econômica: a crise do petróleo. Nos EUA, o escândalo de Watergate leva o presidente Nixon a renunciar. Sentindo a crise, o Brasil busca alternativas ao petróleo, o que levará ao Pró-álcool. Ciclo Saturno Plutão 1982 – 2020

Conjunção (1982): Após elevada tensão militar entre EUA e URSS em função desta última ter invadido o Afeganistão, ocorrem mudanças internas com rápida alteração nos premiês soviéticos, Andropov e Chernenko, e a entrada em cena de Gorbachev, com a perestróika (política de reabertura soviética). Ao mesmo tempo, na Polônia, surge a liderança de Lech Walessa e o início do processo que levaria ao fim da URSS. Em Israel, temos a guerra com o Líbano. Os EUA vivem a era Reagan. No Brasil, vive-se o processo de Anistia e o início da abertura na ditadura, o que nos meses seguintes geraria a campanha das Diretas-Já.
Primeira Quadratura (1993-1994): Dissolução da Yugoslávia e a guerra dos Balkans. Surgimento da internet, processo de dissolução das fronteiras de informação global. Primeiro atentado à bomba contra o World Trade Center. No Brasil, temos a Plano Real e a nova configuração econômica do país.Oposição (2001 – 2002): Atentado com aviões ao World Trade Center e a conseqüente campanha anti-terrorismo, com guerra ao Afeganistão e ao Iraque. Eleição de Lula.
Segunda Quadratura (2009-2010): a configuração do momento enfatiza questões de poder, em especial o poder nuclear, nas crises com o Irã e Coréia do Norte. Em Israel, movimentos de endurecimento e novas colonizações nas terras reclamadas por palestinos.
V) O fim do atual ciclo: A III Guerra Mundial?
Em julho de 2010, Marte fará aspecto tenso com Saturno e Plutão novamente, semelhante ao que ocorreu no estourar das duas grandes guerras mundiais. Os eventos até agora estão gestando um quadro geo-político-militar que tem forte potencial para o desencadeamento de uma nova conflagração, cujo resultado será a reestruturação dos poderes mundiais, o que se sacramentará com a criação da Nova Ordem Mundial em 2020. Como será essa nova ordem e quais serão os poderes emergentes, isso só depois da passagem da tempestade que se aproxima e que mudará a face do mundo para sempre.

 


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário